quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Favoritas do futebol feminino vencem na estreia da Rio-2016



Nada de surpresas na abertura da Olimpíada

Brasil, Suécia, EUA, Alemanha e França batem seus adversários na primeira rodada. Canadá supera a Austrália e encaminha a classificação para a próxima fase. Torcida brasileira no Mineirão vaia a norte-americana Hope Solo porque a goleira postou em redes sociais uma foto de um ‘kit’ contra o zika vírus

Sem zebras na primeira rodada do futebol feminino na Olimpíada Rio-2016. Brasil, Suécia, Estados Unidos, Alemanha e França venceram seus compromissos e praticamente se garantiram na próxima fase, assim como o Canadá, que venceu a Austrália. Das 12 seleções, divididas em três grupos de quatro, classificam-se as duas primeiras e as duas melhores terceiras colocadas. Por isso, uma vitória é quase garantia de vaga garantida para a fase quartas-de-final dos Jogos Olímpicos.

Andressa Santos comemora seu gol após jogada de Marta
 

No jogo de abertura, a Suécia foi superior à África do Sul, no Engenhão, no Rio, mas teve dificuldade. Não sofreu contra-ataques perigosos das africanas, que se fecharam bem na defesa, mas na falha da goleira Roxanne Barker, aos 76 minutos, a zagueira Nilla Fischer marcou, de joelho, para as suecas. O 1 a 0 foi suficiente para somar 3 pontos no Grupo E, o mesmo do Brasil, que, na partida de fundo, venceu a China por 3 a 0. Mônica, Andressa Santos e Cristiane (artilheira das olimpíadas) fizeram os gols brasileiros. As chinesas, que tinham boas equipes nos anos 1990 e caíram depois, demonstram que ainda tem um longo caminho para voltarem a brilhar – a China foi vice-campeã olímpica em 1996 (Atlanta) e vice mundial em 1999. Brasil e Suécia enfrentam-se na segunda rodada e estão com as vagas quase garantidas. O destaque é a veterana Formiga, que está em sua sexta olimpíada (é a única que esteve em todas do futebol feminino) e fez a sua 151ª partida pela seleção, superando Cafu, da equipe masculina.

Canadense Janine Beckie faz o gol mais rápido em Olimpíadas: 19 segundos


No Itaquerão, em São Paulo, o Canadá venceu a Austrália por 2 a 0, com o gol mais rápido de todas as olimpíadas, incluindo o futebol masculino. Aos 19 segundos, depois de falha defensiva australiana, Janine Beckie finalizou o passe de Christine Sinclair. Aos 19 minutos, a zagueira canadense Shelina Zadorsky foi expulsa e as australianas passaram a pressionar mais, porém sem sucesso. Com uma a menos e sob pressão, Beckie ainda perdeu um pênalti, defendido pela goleira Lydia Williams, mas em contra-ataque a experiente Sinclair driblou a goleira e tocou, de fora da área, para fechar o placar para as canadenses, pelo Grupo F. No segundo jogo do grupo, a Alemanha goleou Zimbabwe por 6 a 1. Sara Däbritz abriu o placar e Alexandra Popp fez o segundo no primeiro tempo. Kudakwashe Basopo descontou no início da segunda etapa para as africanas, que sofreram mais quatro gols, dois de Melanie Behringer (um de falta e um no rebote do próprio pênalti que errou), Melanie Leupolz e Eunice Chibanda (contra).

Hope Solo, bela e boa goleira, é vaiada em jogo dos EUA no Mineirão
 

No Mineirão, em Belo Horizonte, foram realizadas as duas partidas do Grupo G. Os Estados Unidos, que conquistaram quatro medalhas de ouro e uma de prata em Olimpíadas e ganharam o título mundial de 2015, venceram a Nova Zelândia por 2 a 0. Carli Lloyd, que decidiu as duas últimas olimpíadas, foi o destaque e artilheira do último mundial e eleita a melhor do mundo em 2015, fez o primeiro gol logo aos 9 minutos. A goleira Hope Solo foi vaiada todas as vezes que pegou na bola pela torcida brasileira, depois que divulgou nas redes sociais um kit anti-zika vírus. A torcida gritava, a cada chute dela: “Ôôô, zika!”. No início do segundo tempo, Alex Morgan fez o segundo. No segundo jogo, a França venceu fácil a Colômbia por 4 a 0. Carolina Arias (contra), Eugenie Le Sommer e Camille Abily (falta) marcaram no primeiro tempo. Ajmel Majri (falta) completou o placar no final da partida. A França tem a base do Olympique de Lyon, campeão europeu, com 12 jogadoras entre as 18 convocadas (8 são titulares), além de uma do vice europeu (o alemão Wolfsburg). Estados Unidos e França são as favoritas do grupo e também a disputa de medalhas.

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