sábado, 28 de julho de 2012

Brasil e mais 4 se garantem na próxima fase do futebol feminino

Última rodada da primeira fase será disputada na terça-feira e duas seleções se classificarão por índice técnico, como as duas melhores terceiras colocadas

Cinco seleções já garantiram classificações para a fase quartas-de-final do futebol feminino olímpico: Brasil, Grã-Bretanha, Estados Unidos, Japão e Suécia. As três primeiras somaram 6 pontos em seus grupos e as duas últimas, em empate sem gols, chegaram a 4. Restam três vagas e as definições dentro dos próprios grupos. O Brasil, que venceu a Nova Zelândia com gol de Cristiane apenas no final, jogará pelo empate para terminar na primeira colocação do Grupo E. Nova Zelândia e Camarões brigam pela vitória e a terceira posição, além de uma combinação de resultados que poderá favorecê-la.
No Grupo F, japonesas e suecas lideram e o Canadá tem 3 pontos. As campeãs mundiais, as japonesas, pegam a frágil África do Sul, enquanto Suécia e Canadá se enfrentam. Uma derrota até não prejudicará as canadenses, desde que a Nova Zelândia não tire a diferença de gols, caso vença Camarões. No Grupo G, as norte-americanas enfrentam a Coreia do Norte na última rodada para definir a primeira posição. As norte-coreanas até podem se garantir se perderem, mas também dependerão do resultado do último jogo do Grupo E. A França deverá vencer com facilidade a Colômbia.

Resultados da 2ª rodada:

Brasil 1x0 Nova Zelândia
Grã-Bretanha 3x0 Camarões
Japão 0x0 Suécia
Canadá 3x0 África do Sul
EUA 3x0 Colômbia
França 5x0 Coreia do Norte

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Brasil começa bem nos Jogos Olímpicos

Seleção masculina abre boa vantagem, mas vence Egito por 3 a 2, e a feminina se impõe à frágil Camarões, por 5 a 0; a favorita Espanha decepciona entre os homens e perde para o Japão

Antes da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres, o futebol conclui a primeira rodada. Entre os homens, a surpresa foi a derrota da Espanha, uma das favoritas, para o Japão, por 1 a 0, com gol de Otzu, jogador do alemão Borussia Moenchengladbach. O resultado poderia ser superior se os japoneses não pecassem nas finalizações em gol. A Espanha demonstrou que, mesmo adotando o mesmo estilo do time principal, campeão mundial e bicampeão europeu, encontra dificuldades quando fica em desvantagem. Porém, o time é bom e ainda pode se classificar, e bem, e disputar a medalha de ouro. Na Copa de 2010, a Espanha perdeu para a Suíça, na estreia, e depois não sofreu mais gols e venceu todos os adversários até a decisão contra a Holanda.

Otzu marca contra a Espanha (crédito: site do Comitê Olímpico do Japão)

No grupo da Espanha, o D, Honduras e Marrocos, empataram por 2 a 2. O resultado é até favorável aos espanhóis, que não precisariam fazer contas. Basta vencer seus dois próximos adversários para se garantir. Só que, se ficar na segunda posição, isso significa que, caso não ocorra outra surpresa, o adversário da fase quartas-de-final seria o Brasil, provável vencedor do Grupo C. O Brasil vencia o Egito por 3 a 0 no primeiro tempo, relaxou, sofreu dois gols e quase se complicou. Na mesma chave, a Bielorússia venceu a Nova Zelândia por 1 a 0. A seleção europeia só venceu graças à falha do goleiro neozelandês no lance do gol.

Rafael comemora o primeiro gol brasileiro com Neymar (crédito: CBF)

Pelo Grupo A, o Uruguai venceu, de virada, os Emirados Árabes Unidos, por 2 a 1, num jogo complicado. O gol de empate foi em cobrança de falta e o segundo numa jogada trabalhada por Lodeiro (autor do gol) e Luís Suárez. No outro jogo do grupo, a Grã-Bretanha estreava com vitória, mas cedeu o empate no final para o Senegal: 1 a 1. Os africanos jogaram bem e poderão deixar a seleção anfitriã em situação delicada se conseguirem bom resultados contra os uruguaios na segunda rodada.
Quatro equipes lideram o Grupo B, com 1 ponto cada. O desempate é pelo número de gols, já que Suíça e Gabão empataram por 1 a 1. No outro jogo, México e Coreia do Sul ficaram no 0 a 0. Os desempenhos dos africanos e dos asiáticos tornam a disputa imprevisível.

Futebol feminino

Nada de surpresas entre as mulheres, com destaque para os Estados Unidos, que venceu a França, de virada, por 4 a 2, depois de desvantagem por 2 a 0. As norte-americanas, na quinta Olimpíada, despontam novamente como favoritas à medalha de ouro. Se isso ocorrer, será a quarta conquista, pois já subiu ao lugar mais alto do pódio em 1996, 2004 e 2008 – em 2000 também disputou a final, mas perdeu para a Noruega.

Alex Morgan marca dois gols para as norte-americanas

A seleção dos Estados Unidos é a atual vice-campeã mundial – perdeu a final, nos pênaltis, para o Japão, em 2011, na Alemanha. Pelo mesmo grupo, a Coreia do Norte venceu a Colômbia por 2 a 0. A equipe norte-coreana se recusou a jogar depois de um incidente na entrada das delegações no gramado. A bandeira conduzida pelo mascote não era a do país, mas a da vizinha Coreia do Sul. Depois de solucionado o problema, o jogo ocorreu. As norte-coreanas têm uma boa base e deverão disputar a segunda vaga com a França. Ou a terceira, já que as duas melhores terceiras colocadas na primeira fase se classificarão para a fase quartas-de-final. No futebol feminino participam 12 seleções e oito passam adiante.
E japonesas, campeãs, mundiais, também começaram bem, vencendo o Canadá por 2 a 1. No mesmo grupo, a Suécia, tradicional na modalidade, estreou goleando a África do Sul por 4 a 1. As suecas deverão brigar pelas duas primeiras posições e o Canadá tem todas as condições de se classificar pelo índice técnico, como terceira colocada.

Renata Costa comemora seu gol com Marta (crédito: CBF)

O Brasil aparece como o favorito de seu grupo depois da boa vitória contra as camaronesas. A Grã-Bretanha venceu a Nova Zelândia, por 1 a 0, e deverá disputar a primeira posição. Restará às neozelandesas e camaronesas tentarem se classificar como uma das duas terceiras colocadas. Para isso, no confronto direto uma terá que sair vencedora e depender dos outros resultados, ou ter um saldo de gols menos ruim que outras concorrentes.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Oito times brasileiros disputam a Copa Sul-americana

A 10ª edição da competição já começou e o campeão garantirá participação na Taça Libertadores da América de 2013

Na primeira fase da Copa Sul-americana, já em disputa, nenhum time brasileiro participa. Os oito, mais seis argentinos, entram a partir da segunda fase, que começará na terça-feira (31). As duas fases serão simultâneas, terminando em 30 de agosto. O Universidad de Chile, campeão de 2011, que foi semifinalista da Libertadores de 2012, eliminado pelo argentino Boca Juniors, entra na disputa na fase oitavas-de-final. No total, 47 times participam. O México, que já teve o Pachuca como campeão, em 2006, e Pumas e América, vice, respectivamente em 2005 e 2007, não terá representantes neste ano. A decisão será em 12 de dezembro. O Boca Juniors é o que mais títulos conquistou: dois, em 2004 e 2005. Quatro argentinos somam cinco títulos.
A conquista da Copa Sul-americana agora vale vaga à Libertadores

O Brasil é o país com mais participantes neste ano. O primeiro confronto brasileiro será entre Grêmio e Coritiba, no dia 31 de julho (o segundo jogo será em 23 de agosto). No dia seguinte estreiam os outros seis: Bahia x São Paulo, Palmeiras (já garantido na Libertadores de 2012, por ter conquistado o título da Copa do Brasil) x Botafogo e Atético-GO x Figueirense. Os confrontos entre argentinos são os seguintes: Argentinos Juniors x Tigre, Colón x Racing e o campeão da Copa Argentina 2012 ou 11º no acumulado de pontos em 2011 contra o Independiente. A final da Copa Argentina ocorrerá em 8 de agosto, entre Boca Juniors e Racing, que já está garantido na competição ou seja, se o Racing vencer, o All Boys fica com a vaga.
 Universidad de Chile é o atual campeão

Os demais países da América do Sul terão quatro participantes na Sul-americana: Bolívia (Oriente Petrolero, Universitario de Sucre, Aurora e Blooming), Chile (terá cinco, contando o Universidad de Chile, sendo que os demais são Universida Catolica, Cobreloa, O’Higgins e Deportes Iquique), Colômbia (Millonarios, Envigado, Deportes Tolima e La Equidad), Equador (Barcelona, LDU Loja, Deportivo Quito e Emelec), Paraguai (Olimpia, Cerro Porteño, Tacuary e Guaraní), Peru (Universidad San Martín, León de Huánuco, Unión Comercio e Inti Gas), Uruguai (Liverpool, Cerro Largo, Danubio e Nacional) e Venezuela (Mineros de Guayana, Deportivo Lara, Monagas e Deportivo Táchira).
 O peruano Cienciano foi a maior surpresa: venceu o River Plate na final em 2003

Nos dois primeiros jogos, a Copa Sul-americana teve apenas um gol: Danubio 0 x 0 Olimpia e Tacuary 0 x 1 Cobreloa (gol de Troncoso). Dos times brasileiros, apenas o Internacional foi campeão, em 2008, batendo o Estudiantes (ARG) na final. Os outros campeões foram: San Lorenzo (ARG), Arsenal de Sarandí (ARG), Cienciano (Peru), Independiente (ARG) e LDU Quito (Equador). Outros brasileiros finalistas, como vice, foram Goiás e Fluminense. Dos oito participantes brasileiros desta edição apenas São Paulo e Palmeiras chegaram às semifinais. O maior artilheiro numa edição foi Eduardo Vargas, da Universidad de Chile, em 2011, com 11 gols. Dos brasileiros, Alex e Nilmar, ambos do Inter, dividiram a artilharia em artilharia, com 5 gols, em 2008, e Rafael Moura, do Goiás, fez 8 gols em 2010.
O Arsenal de Sarandí venceu a competição em 2007

O torcedor do São Paulo, que sonha em voltar à Libertadores, tem motivos para preocupação. Nas duas primeiras fases, Bahia na estreia, e possível confronto posterior contra Deportes Iquique, Nacional (URU), Monagas ou LDU Loja, a tarefa aparenta ser simples. Porém, se passar pelas duas fases, o próximo confronto seria contra o atual campeão, o Universidad de Chile. O campeão da Sul-americana garantirá, como ocorre desde a edição de 2011, uma vaga na próxima Libertadores, além da decisão da Recopa Sul-americana de 2013 (contra o atual campeão da Libertadores, o Corinthians) e a participação na Copa Suruga Bank de 2013 (competição disputada desde 2008), contra o campeão da Copa da Liga Japonesa deste ano. Neste ano, em 1º de agosto, o Universidad de Chile disputara a Suruga Bank contra o Kashima Antlers. O Inter venceu essa competição em 2009, contra o Oita Trinita.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Campeonato Russo começa com novo calendário

Quatro times de Moscou brigam contra o bicampeão Zenit São Petersburgo pelo título; o camaronês Eto’o, maior salário do mundo, é o destaque da competição e do Anzhi

Desde a queda do comunismo e a divisão da antiga União Soviética, pela primeira vez a Premier League Russa (o Campeonato Russo), que começou nesta sexta-feira (20 de julho), com a vitória do Lokomotiv Moscou, fora de casa, por 3 a 2, sobre o recém-promovido Mordovia Saransk, será disputada com calendário semelhante ao dos demais países europeus. Antes, o calendário era anual, como no Brasil. A mudança é boa para essa adequação, evita problemas em 2018, quando será sede da Copa, e os clubes ainda podem se beneficiar nas competições do continente. Geralmente, na Liga dos Campeões e Liga Europa os times russos caem de produção após a metade da competição, pois os jogadores entravam em férias no final do ano. Na volta, fracassam.

A Liga Russa é disputada desde 1992. Essa é a 21ª edição e o Zenit São Petersburgo tentará conquistar o tricampeonato. Na atual temporada, cada time poderá usar sete estrangeiros numa partida – eram seis até a passada. O campeão será conhecido em turno e returno, em 30 rodadas, e os dois últimos serão rebaixados, sendo que o 14º colocado disputará uma repescagem contra o terceiro colocado da segunda divisão para definir a última vaga da temporada seguinte.

O camaronês Samuel Eto’o, do Anzhi Makhachkala, continua sendo a principal atração da Liga Russa. Além do campeão Zenit, os quatro times de Moscou figuram como favoritos: Spartak, Dynamo, Lokomotiv e CSKA. O Rubin Kazan e o Anzhi são outros pretendentes a levantar a taça.

Samuel Eto’o, do Anzhi Makhachkala

Os times:

Zenit São Petersburgo (www.fc-zenit.ru) – O italiano Luciano Spalletti dirige o atual bicampeão, que disputará a Liga dos Campeões da Europa e ainda pretende continuar no topo em seu país. O time continua forte e contratou o jovem meia georgiano Levan Kenia (ex-Schalke-04-ALE), de 21 anos. O meia português Danny voltará de contusão até o final do ano. Os destaques são o atacante Aleksandr Kerzhakov, um fiasco na Eurocopa, o ótimo goleiro Vyacheslav Malafeev, o zagueiro italiano Domenico Criscito e o voltante russo Igor Denisov. O atacante Andrei Arshavin voltou ao Arsenal-ING.

Vyacheslav Malafeev, do Zenit

CSKA Moscou (www.pfc-cska.com) – O técnico Leonid Slutskiy tentará melhorar a 3ª colocação da última temporada e o time ainda disputará a fase de play-offs da Liga Europa. Mário Fernandes (ex-Grêmio) foi contratado, mas o destaque é o atacante marfinense Seydou Doumbia. O japonês Keisuke Honda continua no grupo, assim como os russos Igor Akinfeev (goleiro) e os gêmeos zagueiros Alexei e Vasili Berezutski. Elizbarovich Dzagoev, um dos seis artilheiros da Eurocopa, é uma das atrações.

Elizbarovich Dzagoev, do CSKA

Spartak Moscou (www.spartak.com) – O treinador espanhol Unai Emery chegou do Valencia-ESP ao time mais popular e maior campeão (nove títulos em dez temporadas) da Rússia, que tem como destaque o atacante nigeriano Emmanuel Emenike. Vice-campeão da última temporada (não é campeão desde 2001), o time ainda disputará o play-off da Liga dos Campeões. O brasileiro Rômulo (ex-Vasco) foi contratado. Outros destaques são o brasileiro Welliton, o russo Diniyar Bilyaletdinov e o holandês Demy de Zeeuw.

Lokomotiv Moscou (www.fclm.ru) – Após deixar o comando da seleção da Croácia, Slaven Bilic assume o time para pular da sétima posição para o título. É o principal reforço, assim como Aleksandr Samedov (ex-Dynamo Moscou) e Vedran Corluka (ex-Tottenham-ING e Bayer Leverkusen-ALE). No elenco ainda estão o goleiro brasileiro Guilherme, Denis Glushakov, Victor Obinna e Roman Pavlyuchenko.

Roman Pavlyuchenko, do Lokomotiv

Dynamo Moscou (www.fcdynamo.ru) – Sergei Silkin quer melhorar a 4ª posição passada e também disputará a 3ª fase preliminar da Liga Europa. O time quer o inédito título, não conquistado no último campeonato, por isso manteve a base. O clube é grande, mas só conquistou sete vezes a competição da antiga União Soviética, na maioria das vezes com o goleiro Lev Yashin, considerado um dos melhores de todos os tempos em sua posição. O brasileiro naturalizado alemão Kevin Kurányi é um dos destaques, ao lado do ucraniano Andriy Voronin. Contratou ainda o zagueiro croata Gordon Schildenfeld (ex-Eintracht Frankfurt-ALE), que fez boa Eurocopa.

Kevin Kurányi, do Dynamo

Anzhi Makhachkala (www.fc-anji.ru) – O holandês Guus Hiddink comanda o time que terminou na 5ª colocação na temporada passada, a primeira na elite, e disputará a 2ª fase preliminar da Liga Europa. O camaronês Samuel Eto'o permanece, após títulos por Real Madrid, Barcelona e Internazionale. É um time rico, com dinheiro injetado por Suleyman Kerimov, que investiu 18 milhões de euros no marfinense Lacina Traoré, do Kuban Krasnodar. A meta é disputar o título russo. Eto’o ganha 20 milhões de euros por ano, é o jogador mais bem pago do mundo, e a meta é dar retorno ao investimento. O meia-lateral Yuri Zhirkov continua. O lateral brasileiro Roberto Carlos permanece lá, mas não deverá jogará mais.

Rubin Kazan (www.rubin-kazan.ru) – O treinador Kurban Berdyev terá alguns reforços para tentar melhorar a sexta posição e ainda disputar a fase de grupos da Liga Europa, que chegou graças ao título da Copa da Rússia. O time iniciou a temporada vencendo a Supercopa da Rússia, vencendo o Zenit por 2 a 0. Contratou o argentino atrapalhado Pablo Mouche (ex-Boca Juniors), vice-campeão da Libertadores. O brasileiro Carlos Eduardo (ex-Grêmio), contratado por 20 milhões de euros em 2010 do alemão Hoffenheim, recuperado de contusão, estará de volta.

Amkar Perm (http://fc-amkar.org/) Foi 10º na temporada passada e o treinador é Rustem Khuzin. O clube está na elite, onde tenta permanecer, desde 2004. O veterano meia búlgaro Georgi Peev lidera o time.

Alania Vladikavkaz (www.fc-alania.ru) – Vice-campeão da 2ª divisão na temporada passada, o time é dirigido por Vladimir Gazzaev. O clube foi campeão em 1995 sob o comando de Valery Gazzaev, hoje presidente e pai do atual técnico. O volante lituano Deividas Semberas, ex- CSKA, é o destaque. O time tem os brasileiros Rudnei, o zagueiro Carlos Cardoso e atacante Danilo Neco.

Alania Vladikavkaz, campeão em 1995
 
Kuban Krasnodar (www.fckuban.ru) – O treinador romeno Dan Petrescu é o principal destaque. O time perdeu Lacina Traoré, que marcou 18 gols no último campeonato, para o Anzhi. Vários reforços chegaram, mas ainda são incógnitas. Zelão (ex-Corinthians) é o único brasileiro no elenco.

Krasnodar (www.fckrasnodar.ru) – Fundado em 2008, o clube disputa a segunda temporada na elite, bancado pelo proprietário, o biolionário Sergey Galitsky. Investimentos foram feitos para brigar, ao menos, por uma vaga em copas europeias. O destaque é o atacante Yura Movsisyan. O brasileiro Joãozinho (ex-Portuguesa) continha no time.

Terek Grozny (www.fc-terek.ru) – O time da Chechênia disputará a quinta temporada na elite a se não cair já será um grande feito. O técnico Stanislav Cherchesov terá o meio-campista Maurício (ex-Corinthians e Fluminense) como principal jogador. O volante Adílson (ex-Grêmio) e o zagueiro Antônio Ferreira (ex-Cabofriense) são outros destaques.

Krylia Sovetov (www.kc-camapa.ru) – Andrei Kobelev terá vários reforços, como Petr Nemov (ex-Rubin Kazan), para tentar evitar o risco de rebaixamento.

Mordovia Saransk (www.fc-mordovia.ru) – O treinador Fyodor Shcherbachenko tentará manter o campeão da 2ª divisão passada na elite russa, da qual é estreante. Artilheiro da segundona, com 31 gols, Ruslan Mukhametshin continua no grupo.

Volga Nizhny Novgorod (www.fcvolgann.ru) – O técnico Gadzhi Gadzhiev, ex-Anzhi, terá trabalho para evitar o descenso. O time estreou na elite na última temporada e quase caiu. O clube buscou reforços no rival Nizhny Novgorod, que perdeu a disputa contra a queda contra o Volga.

Rostov (www.fc-rostov.ru) – O montenegrino Miodrag Bozovic tentará evitar o risco de rebaixamento da última temporada. Para isso, se reforçou bem. O goleiro croata Stipe Pletikosa continua no elenco.

Escudos dos times da Premier League Russa

Títulos russos:
-Spartak Moscou (9)
-CSKA Moscou (3)
-Zenit São Petersburgo (3)
-Rubin Kazan (2)
-Lokomotiv Moscou (2)
-Alania Vladikavkaz (1)

quinta-feira, 19 de julho de 2012

E o ouro no futebol? Virá em Londres?

Neymar é o destaque do time brasileiro de Mano Menezes, mas a Espanha tem elenco experiente e campeões europeus neste ano

A seleção brasileira dirigida por Mano Menezes tentará conquistar a inédita medalha de ouro na Olimpíada de Londres-2012. O adversário mais forte poderá ser a Espanha. Uruguai corre por fora. E Grã-Bretanha é uma incógnita. Sem contar possíveis surpresas africanas, que normalmente aparecem nos Jogos Olímpicos, ou até mesmo a Suíça.
Até agora, o Brasil conquistou duas medalhas de prata (Los Angeles-1984 e Seul-1988) e duas de bronze (Atlanta-1996 e Pequim-2008). Conquistar a medalha de ouro parece não ser tarefa tão difícil, analisando as formações dos grupos. São 16 equipes divididas em quatro grupos: Uruguai, Senegal, Grã-Bretanha e Emirados Árabes Unidos (no A); México, Coreia do Sul, Gabão e Suíça (no B); Brasil, Bielorússia, Egito e Nova Zelândia (no C); e Espanha, Honduras, Marrocos e Japão (no D).

Neymar treina na Inglaterra (crédito: Rafael Ribeiro/CBF)
O Brasil tem bons jogadores, mas falta entrosamento. A base que iniciará a competição é formada por Rafael Cabral; Rafael Pereira, Thiago Silva, Juan e Marcelo; Sandro, Rômulo e Oscar; Neymar, Leandro Damião e Hulk. Os reservas são Neto (goleiro), Bruno Uvini, Alex Sandro, Danilo, Lucas, Paulo Henrique Ganso e Alexandre Pato.

Adversários
A Espanha é forte concorrente, com uma base experiente e jogadores consagrados. O ainda irregular goleiro De Gea defende o inglês Manchester United; Jordi Alba é o lateral campeão titular na Eurocopa e que retorna ao badalado Barcelona; Mata é campeão mundial pela Fúria, europeu pelo Chelsea e da Eurocopa; Javi Martínez é do Athletic Bilbao e foi campeão mundial na África do Sul e na Eurocopa deste ano e Tello é uma das jovens promessas do Barça, emprestado ao Atletico de Madrid na próxima temporada, para ficar só por aqui. O técnico é Luis Milla.
A anfitriã Grã-Bretanha terá a base inglesa, com cinco galeses, entre eles o veterano galês Ryan Giggs, de 38 anos. O técnico Stuart Pearce terá ainda Micha Richards (Manchester City), Craig Bellamy (Liverpool), Daniel Sturridge (Chelsea) e Aaron Ramsey (Arsenal). O Uruguai terá Cavani (Napoli), Luis Suárez (Liverpool) e Arévalo Ríos (Palermo) comandando os jovens. O goleiro Benaglio (Wolfsburg) é o destaque da Suíça, que costuma formar fortes esquemas defensivos.
O futebol masculino começará a ser disputado na quinta-feira (26), um dia antes da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos.

As pratas de 1984 e 1988
O Brasil de 1984 era dirigido por Jair Picerni, em início de carreira, que, após vários testes, optou por levar a base do gaúcho Internacional. E era a base mesmo, só não indo o uruguaio Ruben Paz. Ali despontava o volante Dunga, então campeão mundial júnior em 1983 e que viria a ser campeão mundial e capitão em 1994. Ele também era do Inter, assim como o goleiro Gilmar Rinaldi, os defensores Luiz Carlos Winck, Pinga, Mauro Galvão e André Luiz, o volante Ademir e os atacantes Milton Cruz (atual auxiliar-técnico do São Paulo), Paulo Santos, Kita e Silvinho. O meia Tonho estava no Aimoré, mas começou a carreira no Inter. Os demais eram o goleiro Luís Henrique (Ponte Preta), o zagueiro David (Santos), o lateral Ronaldo (Corinthians), o meia Gilmar Popoca (Flamengo) e o atacante Chicão (Ponte Preta). O Brasil perdeu a final, no Rose Bowl, para a França, comandado por Henri Michel, por 2 a 0. Os franceses mostraram ali Ayache, Bibard, Rust e Xuereb que estariam na Copa do México, em 1986. Nas semifinais, o Brasil eliminou, por 2 a 1, na prorrogação, a Itália do goleiro Zenga e do zagueiro Franco Baresi, entre outros bons jogadores da época.
Sele-Inter e as suas medalhas prateadas em 1984: Luiz Carlos Winck, Gilmar Rinaldi, Pinga, Ademir, Mauro Galvão e André Luiz (em pé); Paulo Santos, Dunga, Kita, Milton Cruz e Silvinho (agachados)

Em 1988, em Seul, novo vice do time dirigido por Carlos Alberto Silva, que tinha o goleiro Taffarel, os laterais Jorginho e Mazinho e os atacantes Bebeto e Romário, cinco que conquistariam o tetra ao lado de Dunga em 1994. Na final, a União Soviética, do meia Mikhailichenko, venceu por 2 a 1, na prorrogação. Foi o mais perto que a seleção brasileira chegou da medalha de ouro. Na semifinal, o Brasil eliminou, nos pênaltis, a Alemanha Ocidental, que tinha Hässler, Klinsmann e Riedle, que dois anos depois conquistariam a Copa da Itália pela Alemanha unificada.
Romário na final contra a União Soviética: nova prata

Novos fracassos
Para Barcelona, em 1992, o Brasil nem se classificou: foi um fiasco no pré-olímpico. Assim, a Espanha conquistou a medalha de ouro, com Pep Guardiola e Luis Enrique no elenco.
Em Atlanta-1996, novo time forte, mas o Brasil foi eliminado nas semifinais pela Nigéria, que virou o placar desfavorável de 3 a 1, empatando em 3 a 3 e ganhando na prorrogação, com gol de ouro de Nwankwo Kanu: final, 4 a 3. Na decisão do bronze, vitória fácil sobre Portugal. A seleção dirigida por Zagallo tinha o atacante Ronaldo, além do goleiro Dida, o zagueiro Aldair, o lateral Roberto Carlos, os meias Rivaldo e Juninho Paulista e os atacantes Bebeto e Luizão. Aldair, Bebeto e Ronaldo eram tetracampeões e Ronaldo ainda viria conquistar o penta ao lado de Dida, Roberto Carlos, Juninho Paulista e Luizão em 2002. A Nigéria conquistou a medalha de ouro, vencendo a Argentina, que tinha Crespo, Zanetti, Simeone e Ortega, por 3 a 2.
Kanu contra Roberto Carlos: o nigeriano foi o destaque do inédito ouro africano

Em 2000, o time de Wanderley Luxemburgo, com Ronaldinho Gaúcho como destaque, fracassou, eliminado por Camarões, por 2 a 1, com gol de ouro, na prorrogação, nas quartas-de-final. Camarões, que tinha Samuel Eto’o, conquistou o ouro, batendo a Espanha nos pênaltis (5 a 3), após empate por 2 a 2. No elenco da Espanha estavam Capdevilla, Xavi Hernández, Marchena e Puyol, que conquistariam a Eurocopa em 2008 e a Copa do Mundo em 2010 – Xavi ainda conquistou o bi na Euro em 2012.

Camarões conquista o ouro em 2000
Em Atenas-2004, o Brasil não disputou novamente, eliminado por argentinos e paraguaios no pré-olímpico. E na disputa pelo ouro, a Argentina, de Tévez, D’Alessandro, Mascherano e Saviola, superou o Paraguai, de Gamarra, por 1 a 0 – gol de Tévez. A Itália ficou com a medalha de bronze: no elenco estavam os futuros campeões mundiais de 2006 Amelia, Barzagli, Pirlo, Gilardino e De Rossi.

Fracasso e, depois, novo pódio em Pequim
Em Pequim-2008, a Argentina comandado pelo genial Lionel Messi conquistou o ouro novamente, batendo a Nigéria na final por 1 a 0 (gol de Di María). Riquelme e Aguero, genro de Maradona, eram os outros destaques argentinos, que eliminaram o Brasil nas semifinais. O Brasil, dirigido por Dunga, novamente subiu no pódio, ganhando o bronze contra a Bélgica. No elenco brasileiro estavam Ronaldinho Gaúcho, Hernanes (ex-São Paulo, agora na Lazio), o meia Diego e Ramires (agora no Chelsea), Alexandre Pato, entre outros.
Campeões e destaques olímpicos
Outros campeões olímpicos foram: Uruguai (1924 e 1928, com Hector Scarone em ambos), Itália (1936), Suécia (1948, com Nils Liedholm), Hungria (1952, com Puskas e outros da base vice-campeã mundial em 1954, além de 1964 e 1968), União Soviética (1956, com Lev Yashin), Iugoslávia (1960), Polônia (1972, com Lato e Deyna), Alemanha Oriental (1976) e Tchecoslováquia (1980). Nos primeiros Jogos Olímpicos, outros campeões foram: Grã-Bretanha (1900, 1908 e 1912), Canadá (1904) e Bélgica (1920).

Futebol feminino também sonha com o ouro
Na quinta edição com futebol feminino, o Brasil também busca o ouro, enfim. Foram duas quartas colocações (1996 e 2000) e duas medalhas de prata (2004 e 2008). As duas decisões foram perdidas para os Estados Unidos, que já venceram três edições, além do vice em outra, perdendo para a Noruega (2000). Mia Hamm, a “Pelé” da categoria, foi a melhor jogadora norte-americana da história e tem três medalhas (uma de prata). O Brasil, liderado por Marta e Cristiane, terá que superar desafios, pois no Campeonato Mundial de 2011 fracassou nas quartas-de-final, eliminado pelos Estados Unidos. As americanas, no entanto, perdeu a decisão para o Japão, a surpresa.

Mia Hamm (a segunda da esquerda para a direita, na foto à esquerda), com a medalha de ouro, no pódio em Atenas-2004

Mia Hamm em ação pelos Estados Unidos (à direita)

Confira a distribuição das 12 equipes do futebol feminino: Brasil, Camarões, Grã-Bretanha e Nova Zelândia (Grupo E); Japão, Canadá, Suécia e África do Sul (no F); e Estados Unidos, França, Colômbia e Coreia do Norte (no G). A Alemanha, envelhecida, ficou de fora, assim como Noruega e China, que já foram potências mundiais e olímpicas no feminino.
A disputa do futebol feminino começará na quarta-feira (25), dois dias antes da abertura dos Jogos Olímpicos.