Brasil sofre a sua maior derrota em 100 anos e o resultado já é pior do que o vice-campeonato de 1950; e Klose é o maior artilheiro de todas as Copas
Implacável! Sem chances de reação! E ainda poderia ser
pior! O placar de 7 (gols de Müller, Kroos-2, Khedira, Klose e Schürrle-2) a 1
(Oscar) para a Alemanha, na primeira semifinal da Copa, no Mineirão, levou a
equipe europeia à decisão do Maracanã e não deixou dúvidas de que a goleada foi
estancada no segundo tempo porque não era mais preciso forçar tanto. E Klose
fez o 16º gol em Copas, isolando-se nesse quesito. A Alemanha agora espera o
vencedor de Argentina e Holanda. E o Brasil mostrou que o trabalho foi ruim, técnico
e tático. Vexame histórico: maior goleada de uma semifinal em 20 Copas. E resgata o heroico vice de 1950! E o Brasil iguala-se ao México: foi sede em duas Copas e não ganhou ambas.
Klose marca o segundo gol alemão e seu 16º em Copas (www.dfb.de)
O time alemão dirigido por Joachin Löw estava calejado
pelas derrotas nas últimas Copas e Eurocopas. Chegou ao Brasil focado,
determinado, mesmo com problemas físicos de alguns jogadores. Se fechou no
interior da Bahia, folgou apenas um dia desde a chegada ao “País do Futebol”,
curtiu os momentos de lazer, entrou em campo no Mineirão com alegria e não
comemorou os gols com euforia. Esse time tem um objetivo: o título mundial. Se
vai conseguir, o mundo saberá no Maracanã.
A Alemanha foi perfeita no domínio do meio-de-campo,
tocou a bola, sem se apavorar. Esperou as brechas, as falhas. E elas
aconteceram, sucessivamente. E ainda deixaram o goleiro Neuer trabalhar um
pouco no segundo tempo.
Analisando o lado brasileiro, é preciso ser realista. O
trabalho foi péssimo! Nem Neymar daria jeito, e isso não serve como desculpa. O time treinou pouco, teve muitas folgas,
quase não teve treino fechado, a tática de Luiz Felipe Scolari é ultrapassada,
o time estava mal fisicamente, tecnicamente e psicologicamente. O time, na
verdade, estava fazendo “hora extra” na Copa. Não teve uma partida agradável.
Basta relembrar abaixo...
Croácia: a vitória por 3 a 1 foi enganosa, contou com a
ajuda do árbitro ao marcar um pênalti inexistente sobre Fred (a “estátua”
brasileira que não admitiu sua farsa), uma falha do goleiro no chute errado de
Neymar e um gol de bico de Oscar.
México: várias falhas defensivas, não aproveitadas pelo
México. O fato do goleiro Ochoa ter sido o melhor em campo encobriu as falhas
brasileiras.
Camarões: contra um time eliminado, sofreu gol e tomou
sufoco no primeiro tempo, e os gols surgiram em falhas grotescas de marcação do
time africano.
Chile: jogou mal e só passou nas cobranças de pênaltis.
Se o travessão que salvou o gol de Pinilla tivesse um pouco abaixo, o vexame
contra a Alemanha, no mesmo Mineirão, teria sido evitada. O fiasco da
eliminação pelo Chile seria grande, talvez não tanto contra na semifinal.
Colômbia: jogou o primeiro tempo bem e o segundo péssimo.
Dois gols de bola parada, de zagueiros, e a expectativa de um lampejo de
Neymar. O destaque brasileiro ainda saiu contundido, após entrada de Zuñiga, e
sem Thiago Silva, suspenso, ainda tentou reverter o cartão amarelo com recurso.
Alemanha: Felipão não treinou adequadamente o time e o
esquema tático, com Bernard na vaga de Neymar, falhou de forma grotesca.
Deslocado para jogar nas costas de Höwedes, pela direita, foi um fiasco no
primeiro tempo. A Alemanha dominou o meio-de-campo, explorou as descidas de
Marcelo (que é péssimo defensivamente e sem cobertura piora tudo) e liquidou o
jogo. E o “craque” Oscar? Um inútil!
Jogos são ganhos em campo e o Brasil foi um fiasco em
campo. Felipão foi contratado para trabalhar um time que fez poucos amistosos.
O título da Copa das Confederações foi ilusório, encobriu falhas, que não foram,
assim, sanadas. E ainda surgiu a história do “lado emocional”. E, se teve isso,
não se resolve em poucos dias. Boa desculpa para um time mal preparado. Camisa
não ganha mais jogo, talvez, e talvez, só assuste. Agora é disputar o terceiro
lugar, em Brasília. Com um time destroçado emocionalmente, o que irá ocorrer?
Ah!, a Alemanha, classificada para a final, vai voltar a
trabalhar forte até lá. Isso é trabalho! Não blá-blá-blá de Felipão e de Carlos
Alberto Parreira, que disse que o Brasil já tinha uma mão na taça antes do
início da competição. Ganhar no gogó e no berro, no momento do Hino Nacional,
não funciona.
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