Semifinal reúne campeões, mas os europeus oscilam menos
Alemanha vence bem a França, perdendo gols, enquanto o Brasil sofre novamente para seguir adiante e ainda perdeu Thiago Silva e, possivelmente, Neymar
Alemanha e Brasil passaram às semifinais da Copa. Será o
segundo jogo entre ambos na história das Copas – a primeira foi a final de
2002, vencida pelos brasileiros por 2 a 0. Aquele time alemão não tinha tanta
qualidade e Ballack ainda estava suspenso. Agora, a Alemanha tem um time
teoricamente melhor, que cresceu com a mudança diante dos franceses. O Brasil
melhorou, mas tem falhas grotescas.
No Maracanã, a Alemanha jogou melhor que a França e
venceu por 1 a 0, com gol de Hummels, no começo da partida. Depois, soube tocar
a bola e explorar os contra-ataques. Lahm jogou na lateral e Khedira entrou no
meio-de-campo, além de Klose no ataque. Isso melhorou a qualidade de toque de
bola do time. A França teve chances, mas o goleiro Neuer estava seguro na meta.
No segundo tempo, os alemães tiveram várias oportunidades para ampliar o
resultado e liquidar a classificação, mas pecaram nas conclusões. No final,
Benzema ainda teve a chance de empatar e levar a disputa para a prorrogação,
mas o seguro Neuer fez a defesa que garantiu a vaga.
Hummels (5) vence Varane no cabeceio e marca o gol alemão
(www.dfb.de)
No Castelão, em Fortaleza, o Brasil venceu a Colômbia por
2 a 1. Mas com sofrimento. O gol de Thiago Silva, após cobrança de escanteio,
deu tranquilidade aos brasileiros, que marcaram forte a saída de bola,
dominaram, mas pecaram em conclusões e não ampliaram o placar. Maicon entrou na
lateral direita, foi bem no primeiro tempo, mas no segundo teve o lado
explorado e quase comprometeu o resultado.
Os colombianos encontraram dificuldades para encontrar
espaços, mas isso mudou na segunda etapa. Com a mudança tática do técnico José
Pekerman, explorando o lado de Maicon, a situação mudou. O Brasil teve um
segundo tempo lamentável, que foi salvo por um gol de falta de David Luiz. O gol
de pênalti de James Rodríguez deu esperança à Colômbia, que quase chegou à
igualdade – e o goleiro Julio César ainda deveria ter sido expulso pela falta.
Thiago Silva levou o segundo cartão amarelo, e está suspenso e não enfrentará a
Alemanha. Além dele, Neymar, o craque do time, poderá ficar de fora. A entrada
forte de Zuñiga, atingido as costas do jogador, pode deixa-lo de fora do resto
da competição. É aguardar os resultados dos exames médicos.
O critério recomendado pela Fifa, para que os cartões
amarelos fossem “economizados”, criou uma situação complicada nos jogos e até
no pós-Copa, pois a competição se torna uma referência mundial. Vide 2002, com
péssimas arbitragens, o que ocorreu depois pelo mundo afora. No confronto entre
Brasil e Colômbia, o árbitro espanhol Carlos Velasco Carballo não mostrou
cartões no primeiro tempo – como os juízes têm feito nas partidas. Isso levou a
lances fortes, desleais. Fernandinho, pelo segundo jogo, desferiu pontapés à
vontade e não foi advertido com cartão. Quando começou a distribuir cartões, o
jogo já estava bruto. Talvez por isso, Neymar sofreu a forte pancada de Zuñiga.
Situação que poderia ter sido evitada se as advertências tivessem ocorrido
antes, não só no jogo, mas na própria competição.
Nos times eliminados nas quartas-de-final, caíram dois dos
oito invictos da competição até então. Além deles, seus técnicos conheceram as primeiras
derrotas em Copas. O francês Didier Deschamps (jogador campeão em 1998) estava
invicto: não perdeu como jogador em 1998 e não perdia como técnico até o
confronto contra a Alemanha. E o ótimo treinador argentino José Pekerman saiu
invicto, pela Argentina, em 2006 (eliminado nos pênaltis pelos alemães), e
tinha três vitórias e um empate nesta edição de Copa.
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