Argentina e Bélgica se classificam e ‘reviverão’ a semifinal da Copa de 1986
Ambos passaram à fase quartas-de-final em prorrogações, com muita luta
Os dois últimos jogos da fase oitavas-de-final foram
emocionantes. Argentina e Bélgica se classificaram nas prorrogações de seus
jogos, foram superiores ao adversário, mas flertaram com suas eliminações.
Agora, as duas seleções se enfrentarão em Brasília, nas quartas-de-final,
revivendo um confronto ocorrido em 1986, numa das semifinais da Copa do México.
Curiosamente, também na mesma fase, mas na outra perna das chaves, Alemanha e
França vão reviver outra semifinal de 1986.
Di María comemora o gol da vitória argentina (www.afa.org.br)
Em São Paulo, o gol de Di María, aos 118 minutos, deu um
certo alívio aos argentinos, mas nem tanto, pois a Suíça ainda foi ao ataque e
Dzemaili acertou uma bola na trave, fora a última falta de Shaqiri que parou na
barreira. Ou seja, sufoco até o final com a vitória por 1 a 0. A Suíça, que não
é só mais defensiva, perdeu uma oportunidade com Drmic no primeiro tempo e
sempre demonstrou perigo em contra-ataques. Mas a Argentina foi superior no
segundo tempo, com o goleiro suíço Benaglio fazendo boas defesas. E ele ainda participou,
no ataque, do lance anterior ao desfecho de Dzemaili na trave. O técnico Ottmar
Hitzfeld encerrou a carreira neste jogo – além da derrota no jogo, horas antes
seu irmão mais velho faleceu.
Dzemaili (15) lamenta a bola na trave (www.football.ch)
Em Salvador, a Bélgica foi superior aos Estados Unidos, que
teve o goleiro Howard como um paredão, com várias defesas. O time perdeu os
contra-ataques com o lateral Johnson, que se contundiu, mas Yedlin tentou
manter o nível. Wondolowski teve a chance de ouro dos norte-americanos nos
acréscimos do segundo tempo. Se marcasse, não teria tempo para a reação belga.
O time dirigido por Jürgen Klinsmann sucumbiu no primeiro tempo da prorrogação.
De Bruyne fez 1 a 0 em jogada de Lukaku, que depois fez o segundo. Mas o gol de
Green, no início da etapa final extra, renovou a esperança dos Estados Unidos,
que ainda tiveram a chance de levar a definição da vaga para as cobranças de
pênaltis.
Mesmo derrotado, o goleiro Tim Howard, quando encerrar a carreira,
poderá se lembrar de sua atuação contra a Bélgica. Pena, para ele, que lembrará
de uma derrota dolorosa, a da eliminação. Mas os Estados Unidos deixaram um
aviso: em breve vão chegar forte numa Copa do Mundo de “soccer”. Falta um
talento individual para decidir, improvisar, pois garra, técnica, preparo
físico e luta já estão incorporados naquele país – inclusive, agora, com
torcida.
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