Time sofre 10 gols em dois jogos e “garante” vexame em casa
Seleção dirigida por Felipão nada apresenta na Copa e jogadores, que jogam no exterior, não demonstram frustração, mas certo conformismo pelo quarto lugar
A seleção brasileira dirigida por Luiz Felipe Scolari é
um time fora de órbita, não sabe onde está, o que fez, o que tentava fazer. Enfim,
um fiasco geral! Os jogadores atuaram pilhados por um treinador que incutia em
todos que estavam numa “guerra” e aí... deu no que deu! A desculpa do “apagão”
de seis minutos contra a Alemanha continua! Contra a Holanda, outra derrota por
3 a 0, em Brasília, com gols de Van Persie (pênalti) – o 100º gol sofrido pelo
Brasil em Copas –, Blind e Wijnaldum, e o time brasileiro ficou na quarta
posição.
Van Persie marca o primeiro holandês, de pênalti
Felipão não admite erros, equívocos, mas que ocorreram
apagões. Não se desliga do cargo, deixa para a direção da CBF se pronunciar. Os
dirigentes, claro, por comodismo, e para terem um escudo, podem mantê-lo no
posto, assim como o “serviçal” de longa data Carlos Alberto Parreira.
O treinador tentou não falar diretamente da arbitragem,
em lances delicados (falta no limite da área, mas Thiago Silva teria que ser
expulso, e a pequena diferença no impedimento no segundo gol), mas não
convenceria a própria imagem refletiva no espelho. O time não teve esquema
tático na Copa toda, desde os amistosos contra Panamá e Sérvia. Apresentou
falhas em todos os jogos da primeira fase, na fase oitavas-de-final e nas
quartas-de-final. Enfim, a “hora extra” na Copa terminou de forma melancólica.
A dita melhor defesa do mundo colaborou para o vexame
histórico: a defesa brasileira mais vazada de todas as Copas (14 gols) – pior defesa
no formato de 32 seleções, superando Coreia do Norte e Arábia Saudita (com 12
gols). Foram 10 gols em dois jogos! Uma peneira! O torcedor ficou apático
diante da Alemanha, tentou reagir contra a Holanda! Mas com tantos erros é
difícil suportar. Fosse um time qualquer, a torcida vaiaria o tempo todo no
Brasil. Mas a torcida de Copa é diferente do torcedor comum nos estádios
brasileiros.
O que faltou? Talvez humildade! Não em palavras, mas em
atos. O treinador é prepotente, o coordenador-técnico é arrogante, os
dirigentes são omissos, e os jogadores são influenciados pelos superiores. Quase
todos os jogadores estão acostumados a jogar na Europa, estão distantes do
torcedor brasileiro. A seleção faz amistosos no exterior, não tem uma relação
direta, mas esporádica. E o esquema tático, se é que tinha algum, ficou na Copa
das Confederações: fazia gols em início ou final de tempos, dava sorte, não foi
testado em desvantagem na competição.
Blind comemora o segundo furo na peneira brasileira
Os treinamentos em Teresópolis, analisados à distância,
foram péssimos! Enquanto outras seleções se fechavam e se preparavam, o time
brasileiro se “encantava” (ou não) com as festas adoidadas por lá. Em campo, o
time se fadava ao fiasco. Péssimas atuações, sem convencer. Fernandinho, quando
entrou, e era tido como uma solução, passou a distribuir pontapés. As
arbitragens péssimas colaboraram para mascarar os erros iniciais, como diante
da Croácia. Contra a Colômbia, o juiz deixou o pau comer solto e culminou na
contusão do Neymar, que ficou de fora e escancarou a falta de tudo o mais. A
Argentina depende de Messi, mas Messi ajuda, corre. E o time se desdobra. O
Brasil foi um “catadão”.
Algo vai mudar? Se não começar fora de campo, nada
mudará! Os vexames continuarão...
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