sábado, 12 de julho de 2014

Brasil fora de órbita


Time sofre 10 gols em dois jogos e “garante” vexame em casa

Seleção dirigida por Felipão nada apresenta na Copa e jogadores, que jogam no exterior, não demonstram frustração, mas certo conformismo pelo quarto lugar


A seleção brasileira dirigida por Luiz Felipe Scolari é um time fora de órbita, não sabe onde está, o que fez, o que tentava fazer. Enfim, um fiasco geral! Os jogadores atuaram pilhados por um treinador que incutia em todos que estavam numa “guerra” e aí... deu no que deu! A desculpa do “apagão” de seis minutos contra a Alemanha continua! Contra a Holanda, outra derrota por 3 a 0, em Brasília, com gols de Van Persie (pênalti) – o 100º gol sofrido pelo Brasil em Copas –, Blind e Wijnaldum, e o time brasileiro ficou na quarta posição.

 Van Persie marca o primeiro holandês, de pênalti

Felipão não admite erros, equívocos, mas que ocorreram apagões. Não se desliga do cargo, deixa para a direção da CBF se pronunciar. Os dirigentes, claro, por comodismo, e para terem um escudo, podem mantê-lo no posto, assim como o “serviçal” de longa data Carlos Alberto Parreira.

O treinador tentou não falar diretamente da arbitragem, em lances delicados (falta no limite da área, mas Thiago Silva teria que ser expulso, e a pequena diferença no impedimento no segundo gol), mas não convenceria a própria imagem refletiva no espelho. O time não teve esquema tático na Copa toda, desde os amistosos contra Panamá e Sérvia. Apresentou falhas em todos os jogos da primeira fase, na fase oitavas-de-final e nas quartas-de-final. Enfim, a “hora extra” na Copa terminou de forma melancólica.

A dita melhor defesa do mundo colaborou para o vexame histórico: a defesa brasileira mais vazada de todas as Copas (14 gols) – pior defesa no formato de 32 seleções, superando Coreia do Norte e Arábia Saudita (com 12 gols). Foram 10 gols em dois jogos! Uma peneira! O torcedor ficou apático diante da Alemanha, tentou reagir contra a Holanda! Mas com tantos erros é difícil suportar. Fosse um time qualquer, a torcida vaiaria o tempo todo no Brasil. Mas a torcida de Copa é diferente do torcedor comum nos estádios brasileiros.

O que faltou? Talvez humildade! Não em palavras, mas em atos. O treinador é prepotente, o coordenador-técnico é arrogante, os dirigentes são omissos, e os jogadores são influenciados pelos superiores. Quase todos os jogadores estão acostumados a jogar na Europa, estão distantes do torcedor brasileiro. A seleção faz amistosos no exterior, não tem uma relação direta, mas esporádica. E o esquema tático, se é que tinha algum, ficou na Copa das Confederações: fazia gols em início ou final de tempos, dava sorte, não foi testado em desvantagem na competição.

 Blind comemora o segundo furo na peneira brasileira


Os treinamentos em Teresópolis, analisados à distância, foram péssimos! Enquanto outras seleções se fechavam e se preparavam, o time brasileiro se “encantava” (ou não) com as festas adoidadas por lá. Em campo, o time se fadava ao fiasco. Péssimas atuações, sem convencer. Fernandinho, quando entrou, e era tido como uma solução, passou a distribuir pontapés. As arbitragens péssimas colaboraram para mascarar os erros iniciais, como diante da Croácia. Contra a Colômbia, o juiz deixou o pau comer solto e culminou na contusão do Neymar, que ficou de fora e escancarou a falta de tudo o mais. A Argentina depende de Messi, mas Messi ajuda, corre. E o time se desdobra. O Brasil foi um “catadão”.

Algo vai mudar? Se não começar fora de campo, nada mudará! Os vexames continuarão...

Nenhum comentário:

Postar um comentário