Brasil vence bem e agora terá o vizinho como adversário
O confronto será no Mineirão, no sábado, e colocará equipes que se conhecem bem em jogo eliminatório, como em 2010
A seleção do Brasil venceu Camarões por 4 a 1, em
Brasília, teoricamente um placar tranquilo. Mas, apesar dos méritos (afinal
nenhum time faz quatro gols se não fizer algo para isso), a goleada pode
encobrir falhas. O time marcou a saída de bola adversária, conseguiu a posse e
fez gols. A defesa camaronesa, no entanto, é lastimável: se posiciona mal, nada
tinha o que perder (já estava eliminada), e não se tem a certeza de que a
desunião do elenco colaborou ou não para a distância entre os zagueiros.
Neymar fez dois gols, chegou aos quatro, é o artilheiro
da Copa, fez o centésimo gol da competição, no centésimo jogo do Brasil em
Copas. Ponto! É o ponto de desequilíbrio do time, mas adora se meter em
confusão e atritos com os adversários. Ele continua pendurado com um cartão
amarelo (deveria ter sido expulso contra a Croácia) e, se for suspenso e o time
avançar, o time poderá perder essa referência. Fred marcou um e Fernandinho,
que fez mais Paulinho em apenas 45 minutos, o outro. Matip descontou.
Neymar, contra Matip, se destaca, mas continua “pendurado”
com cartão amarelo (Rafael Ribeiro/CBF)
O sistema defensivo ainda pena com Daniel Alves, uma
avenida, e Marcelo não terá vida mole com o chileno Alexis Sanchez. E os
chilenos marcam melhor. Essa história de freguesia é farpa de torcida, de
jornalista “pacheco”, mas é na bola que se decide. Portanto, no Mineirão, no
sábado, saberemos mais esse capítulo do confronto.
O México venceu a Croácia por 3 a 1, em Recife. No
primeiro tempo, equilíbrio. No segundo, só deu os mexicanos, com gols de Rafa
Marquez, Chicharito Hernandez e Guardado. Perisic descontou para os croatas.
México e Holanda se enfrentam no domingo, em Fortaleza, na outra perna das
oitavas-de-final.
A Holanda venceu o Chile por 2 a 0: gols de Leroy Fer e
Depay, em São Paulo. E a Espanha, em Curitiba, venceu a Austrália por 3 a 0 –
gols de David Villa, Fernando Torres e Mata. Alguns espanhóis não deverão mais
jogar pela “Fúria”, como Villa e Xavi (este nem entrou em campo, assim como
Casillas e Piqué). A Espanha deverá partir para uma renovação de elenco – e talvez
de estilo. E tem jogadores para isso. O erro talvez tenha sido não apostar em
vários deles ainda nesta Copa, para dar experiência. Mas é difícil não apostar
nos campeões. Vide o Brasil em 1966, com vários bicampeões veteranos. Foi um
fiasco!
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