segunda-feira, 23 de junho de 2014

Neymar x Chile?

Brasil vence bem e agora terá o vizinho como adversário

O confronto será no Mineirão, no sábado, e colocará equipes que se conhecem bem em jogo eliminatório, como em 2010

A seleção do Brasil venceu Camarões por 4 a 1, em Brasília, teoricamente um placar tranquilo. Mas, apesar dos méritos (afinal nenhum time faz quatro gols se não fizer algo para isso), a goleada pode encobrir falhas. O time marcou a saída de bola adversária, conseguiu a posse e fez gols. A defesa camaronesa, no entanto, é lastimável: se posiciona mal, nada tinha o que perder (já estava eliminada), e não se tem a certeza de que a desunião do elenco colaborou ou não para a distância entre os zagueiros.

Neymar fez dois gols, chegou aos quatro, é o artilheiro da Copa, fez o centésimo gol da competição, no centésimo jogo do Brasil em Copas. Ponto! É o ponto de desequilíbrio do time, mas adora se meter em confusão e atritos com os adversários. Ele continua pendurado com um cartão amarelo (deveria ter sido expulso contra a Croácia) e, se for suspenso e o time avançar, o time poderá perder essa referência. Fred marcou um e Fernandinho, que fez mais Paulinho em apenas 45 minutos, o outro. Matip descontou.

 Neymar, contra Matip, se destaca, mas continua “pendurado” com cartão amarelo (Rafael Ribeiro/CBF)

O sistema defensivo ainda pena com Daniel Alves, uma avenida, e Marcelo não terá vida mole com o chileno Alexis Sanchez. E os chilenos marcam melhor. Essa história de freguesia é farpa de torcida, de jornalista “pacheco”, mas é na bola que se decide. Portanto, no Mineirão, no sábado, saberemos mais esse capítulo do confronto.

O México venceu a Croácia por 3 a 1, em Recife. No primeiro tempo, equilíbrio. No segundo, só deu os mexicanos, com gols de Rafa Marquez, Chicharito Hernandez e Guardado. Perisic descontou para os croatas. México e Holanda se enfrentam no domingo, em Fortaleza, na outra perna das oitavas-de-final.

A Holanda venceu o Chile por 2 a 0: gols de Leroy Fer e Depay, em São Paulo. E a Espanha, em Curitiba, venceu a Austrália por 3 a 0 – gols de David Villa, Fernando Torres e Mata. Alguns espanhóis não deverão mais jogar pela “Fúria”, como Villa e Xavi (este nem entrou em campo, assim como Casillas e Piqué). A Espanha deverá partir para uma renovação de elenco – e talvez de estilo. E tem jogadores para isso. O erro talvez tenha sido não apostar em vários deles ainda nesta Copa, para dar experiência. Mas é difícil não apostar nos campeões. Vide o Brasil em 1966, com vários bicampeões veteranos. Foi um fiasco!

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