7 a 1 não foi o fundo do poço do futebol brasileiro
Goleada para a Alemanha, no Mineirão, na semifinal da Copa de 2014, nada mudou no futebol brasileiro, que tem dirigentes ruins e afundam o principal esporte tupiniquim; time dirigido por Dunga é uma piada internacional
A seleção brasileira perdeu para o Peru por 1 a 0, no
Foxboro Stadium, em Boston, e foi eliminado ainda na primeira fase da Copa
América Centenário. O gol peruano, de Ruidiaz, foi com a mão, mas o detalhe é
apenas mais uma desculpa. Nada mudou no futebol brasileiro após a goleada humilhante,
por 7 a 1, sofrida para a Alemanha, na semifinal da Copa do Mundo. O fundo do
poço não chegou. A Alemanha tirou o pé naquela partida, teve dó e foi
diplomática para chegar à final com apoio da torcida local. Só não percebeu
isso quem não quis.
A dupla Luiz Felipe Scolari e Carlos Alberto Parreira
até divulgou uma carta de apoio de uma torcedora após aquela goleada. Quem
acredita na carta? E de que adiantaria tal carta? A dupla saiu, mas os
dirigentes mudaram um pouco: José Maria Marin está em prisão domiciliar nos
Estados Unidos, Marco Polo Del Nero não viaja para o exterior para não ser
preso, e a CBF é uma bagunça. Dunga assumiu como técnico e foi um fiasco: o
Brasil é sexto nas eliminatórias. Ou seja, hoje nem iria para a fase de
repescagem para a Copa de 2018, na Rússia.
Cueva (à dir.) e seus companheiros comemoram a classificação peruana
Na Copa América, o Brasil empatou sem gols no Equador,
que ainda teve um gol legítimo não validado pela arbitragem. Goleou o frágil
Haiti por 7 a 1 – aliás, o único gol haitiano na competição. E não conseguiu
empatar com o Peru. Se o gol foi com mão, as imagens mostram isso, é claro, mas
o time de Dunga não empolga, não tem consistência. Para piorar, o futebol
brasileiro só tem uma referência: Neymar. E o jogador do Barcelona não disputou
essa competição para disputar os Jogos Olímpicos do Rio, em agosto. A pressão pela
medalha de ouro aumentará? Do que adianta pressionar se, ganhando ou perdendo,
nada mudará na estrutura do futebol brasileiro, que tem problemas com calendário
e organização?
Em tempo: Peru x Colômbia e Estados Unidos x Equador nas quartas-de-final da Copa América Centenário. Argentina, México, Venezuela e, provavelmente, o Chile são os outros quatro, bastando as definições dos confrontos. O Uruguai também fracassou? Sim, mas parece mais organizado que o futebol brasileiro.
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